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2023 – O ANO DO SOBRENATURAL

Ricardo e Eneida Wagner

Estamos vivendo nesse tempo uma continuidade dos anos que nos antecederam. Vivemos em meio a uma era em que a guerra espiritual nos ares entre a luz e as trevas tem se desenvolvido de uma forma exorbitante. Esta situação já se sucede a alguns anos. Podemos perceber esta guerra pelo que tem sucedido na história nos últimos tempos (pandemia, guerras, conflitos políticos, ideologias diabólicas). Nós, os homens, estamos no meio deste conflito espiritual, refletindo a realidade espiritual que nos acomete. Muitas vezes parece que vamos sucumbir diante da situação conturbada ao nosso redor e parece que vamos naufragar.

Certa feita, depois de ter multiplicado os pães e peixes, Jesus compeliu os discípulos a embarcar no barco e passar adiante dele para o outro lado do lago, enquanto ele despedia as multidões. (Mt 14:22-33, Mc 6:45-51, Jo 6:16-21). Ao menos 10 horas já haviam se passado e os discípulos ainda se encontravam a deriva no mar “a muitos estádios da terra, açoitado pelas ondas; porque o vento era contrário” (Mt 14:24). Obs.: normalmente este trecho não demoraria mais de 1 hora.

Todos as tempestades avassaladoras relatadas na Bíblia com os discípulos de Jesus no Lago de Genesaré, foram, como hoje, reflexo de uma grande guerra espiritual que se travava naqueles tempos. Os espíritos marinhos como Leviatã (Jó 3:8, 41:1, Sl 74:14, 104:26, Is 27:1) estavam numa atividade exacerbada na época, uma vez que o Mar da Galiléia, em sua normalidade, é um lago de águas calmas. Nestes eventos a intervenção de Jesus fazia com que a tempestade e as águas bravas se acalmassem, demonstrando, assim, sua autoridade sobre aquelas situações.

Quando Jesus chega para encontrar os discípulos caminhando sobre as águas, eles estavam apavorados e amedrontados. Depois de Jesus se identificar, Pedro pede autorização para ir ao seu encontro, também caminhando sobre as águas. Jesus disse: “Vem! E Pedro, descendo do barco, andou por sobre as águas e foi ter com Jesus.” (Mt 14:29).

A partir deste momento temos o grande ensinamento para nosso tempo. Estando a caminhar sobre as águas, Pedro “reparando na força do vento, teve medo; e, começou a submergir” (Mt 14:30). Nosso grande desafio para este ano está em caminharmos por sobre as águas turbulentas, no furor dos ventos bravios, em meio as tempestades e estar com os olhos fitos apenas em Deus! Estamos em meio a uma guerra espiritual de grandes proporções e precisamos colocar nossa confiança e esperança apenas em Deus e experimentaremos milagres jamais vistos.

Precisamos crer sobretudo como a viúva de Sarepta (I Rs 17:8-15). Em meio a escassez da seca, tendo apenas um pouco de óleo e farinha para fazer um bolo para ela e seu filho e depois padecer pela fome, ousou a confiar no profeta, dando sua primícia, pelo que foi suprida sobrenaturalmente em suas necessidades e, a partir daquele momento, “da panela a farinha não se acabou, e da botija o azeite não faltou” (I Rs 17:16). Este é um tempo de demonstrarmos que confiamos em Deus e Ele é absolutamente em tudo a primícia de nossas vidas.

2023 será um tempo de milagres e provisão sobrenatural em meio as turbulências, para aqueles que tiverem a ousadia de caminhar sobre o mar bravio e, em meio a tempestade, olharem e confiarem plenamente neste Deus que domina sobre tudo (Sl 103:19). Então, veremos os ventos cessarem e logo chegaremos ao nosso destino (Mt 14:32, Mc 6:51, Jo 6:21).