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Ministério Apostólico

Cobertura Espiritual ou Fundamento Apostólico?(Parte5)
 

Conforme havíamos visto nas edições anteriores, Jesus é a pedra angular do fundamento da igreja de onde parte todo edifício (I Co 3:11, Ef 2:20, I Pe 2:7). As doutrinas básicas (Hb 6:1-2) e as pessoas e ensinamentos dos apóstolos e profetas (Ef 2:20), que tem origem na própria pessoa de Jesus que é a pedra angular, também são parte do fundamento da igreja. A pessoa de Jesus e as doutrinas básicas é algo claramente entendido e aceito na igreja, porém o entendimento de que os apóstolos e profetas com seus ensinamentos também fazem parte do fundamento da igreja é algo novo. Com base neste entendimento está toda compreensão bíblica daquilo que chamamos hoje de “cobertura espiritual”. Por isso vamos nos deter mais pormenorizadamente neste ponto.

Apóstolos e Profetas como Fundamento da Igreja

Observemos o que o apóstolo Paulo escreve em sua carta aos Romanos: "esforçando-me, deste modo, por pregar o evangelho, não onde Cristo já fora anunciado, para não edificar sobre fundamento alheio" (Rm 15:20). Através deste texto podemos entender algumas coisas que nos ajudarão a compreender a respeito do que significa o fundamento apostólico.

Primeiro, através deste texto entendemos que havia diferentes fundamentos. Paulo fala de um fundamento alheio, ou seja, um fundamento que não pertencia a ele, um fundamento de outro apóstolo e/ou profeta (pois eram os apóstolos e/ou profetas que estabeleciam fundamentos na igreja conforme Ef 2:20).  Entendemos então que na igreja primitiva havia o fundamento de Paulo e o fundamento de outros apóstolos e profetas, ou seja, havia muitos fundamentos apostólico-proféticos.

Segundo, este fundamento, diferente do de Paulo, também era cristão, uma vez que provinha da pregação do evangelho.

Terceiro, Paulo não escreveu que este fundamento alheio ao dele tinha algo de errado. Pelo contrário. Ele dava liberdade para continuar a se expandir livremente onde havia sido estabelecido, sem fazer nenhuma advertência ou objeção. Além disto, ele se sentia confortável que o evangelho estivesse sendo pregado daquela forma naquele lugar ao ponto de não permanecer naquele território, partindo para outros lugares onde o evangelho ainda não havia sido pregado. Se houvesse alguma coisa errada, ele certamente faria alguma advertência, tentaria colocar as coisas em ordem ou permaneceria naquele lugar para pregar seu fundamento (se considerasse que o fundamento que ele pregava fosse o único correto e aceitável).

Através deste texto entendemos que havia alguma diferença ente um apóstolo e outro no que tange ao que pregavam. Não eram diferenças que comprometiam o puro evangelho, a fé ou as doutrinas bíblicas, porém eram diferenças individuais que diferenciavam um apóstolo de outro. Diante disto, surge a pergunta: o que são estes fundamentos apostólico-proféticos? Antes de explicar o que são os fundamentos apostólico-proféticos, gostaria de explicar o que eles não são:

1. O fundamento apostólico-profético não é uma nova doutrina que venha complementar ou substituir as Escrituras. Aquilo que foi estabelecido no canon bíblico é insubstituível e completo. Ninguém poderá acrescentar ou tirar nada. “Se alguém lhes fizer qualquer acréscimo, Deus lhe acrescentará os flagelos escritos neste livro; e, se alguém tirar qualquer coisa das palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte da árvore da vida, da cidade santa e das coisas que se acham escritas neste livro” (Ap 22:18-19).

2. O fundamento apostólico profético não é uma nova invenção baseada em alguma elucidação humana (II Pe 1:20). Ou seja, não é algo que saiu do nada, sem base nenhuma e que leva a alguma lugar diferente daquele que as Escrituras nos levam.

Aquilo que outros apóstolos pregavam e que era diferente, mas aceitável, comparando-se àquilo que Paulo pregava, é o que chamo de “ensinamentos apostólicos”.  O que, então, são estes ensinamentos apostólicos que fazem parte do fundamento da igreja, que diferenciava de um apóstolo de outro na igreja primitiva?

Para introduzir esta questão quero dar um pequeno exemplo: veja a diferença das estratégias da igreja de Jerusalém e da igreja de Antioquia. Eram completamente diferentes. Estavam sendo edificadas sobre algumas premissas radicalmente distintas. Tinham bases de entendimento diversas. Tinham alguma parte do fundamento diferenciado uma da outra. Nisto percebemos que existiam diferenças nos fundamentos que determinavam a forma diferenciada de como trabalhavam. Este será o tema da próxima edição.

Continua ...

Ricardo Wagner, apóstolo

07/05/2007

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