Ministério Apostólico
Não existe dúvidas que a igreja passa por um momento crucial em sua história. Peter Wagner diz que a reforma que a igreja passa hoje é maior que as mudanças ocorridas na igreja na época de Lutero. Muitas coisas são necessárias para que a igreja alcance a característica de uma "virgem pura", "gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem cousa semelhante, porém santa e sem defeito", preparada para o dia do encontro com o noivo Jesus (II Co 11:2, Ef 5:27).
Desde o surgimento desta coluna, estou escrevendo sobre estas novas características que vem configurando o novo cenário eclesiástico. Muitos pensam que é apenas mais uma onda. Alguns pensam que isto não tem nada haver com eles, podendo ficar indiferentes a estas questões, sem que haja comprometimento de seu futuro sucesso.
Lembro-me quando começou o movimento de Qualidade Total para o desenvolvimento de melhorias contínuas dentro das empresas. Um grande especialista e consultor falou assim: a qualidade é uma doença contagiosa, e quem não a pegar com certeza vai morrer. Joel Barker falava sobre o inevitável caminho a ser trilhado em todos os negócios. Penso que a reforma que acontece atualmente na igreja passa pelo mesmo dilema.
Sinceramente creio que a igreja que Jesus buscará terá o padrão neotestamentário. Quando no início de minha vida de fé lia a Bíblia e, não conhecendo muito a respeito do "modus operandi" da igreja de então, me causava espanto quando o que via na Palavra não era o mesmo que via na igreja. Existiam dois padrões: o da Bíblia e o da igreja. Nunca consegui me conformar com isso. Busquei por muito tempo respostas a esta situação. Hoje vejo a igreja voltando ao seu estado original. Vejo a igreja passando por uma reforma radical para chegar ao modelo estabelecido por Deus. Isto é o que muitos tem chamado de Nova Reforma Apostólica.
Certamente que para se realizarem mudança tão radicais é necessário pessoas ungidas para "colocarem as coisas em ordem". Segundo a Palavra de Deus, este é um das principais atributos dados aos apóstolos. A eles cabe esta responsabilidade. Tito foi orientado por Paulo sobre esta função apostólica:
"Por esta causa te deixei em Creta para que pusesses em ordem as cousas restantes..." (Tt 1:5).
Para que as coisas sejam colocadas em ordem precisamos pessoas capacitadas e ungidas para esta tarefa. Estes são os apóstolos. Este trabalho polêmico de confrontar a velha estrutura religiosa e redefinir os novos padrões pertence a eles. A pregação apostólica, em sua essência, é polêmica e confrontadora.
Desta forma podemos nos arriscar a dizer que sem a restauração dos apóstolos é impossível a restauração da igreja. Deus deu aos apóstolos a capacidade para colocar as coisas em ordem. Assim, a restauração integral da igreja passa primeiramente pela completa restauração apostólico profética. Não há como haver restauração plena da igreja sem que os ministérios proféticos e apostólicos estejam funcionando em sua plenitude. Podemos com segurança afirmar: sem apóstolos, sem restauração.
Não há dúvidas que outros podem trabalhar em função da restauração da igreja. Na verdade não apenas podem, como também devem. É como evangelizar. Todos tem esta responsabilidade, mas quem causa o grande impacto nos incrédulos é aquele que tem o dom de evangelizar. Quem causa o grande impacto para reforma da igreja é o apóstolo. Sem ele tudo é mais difícil e penoso.
Sobre o dom de apóstolo paira o espírito da reforma. Reformar significa: melhorar, modificar e/ou corrigir através da mudança de forma, ou removendo faltas e abusos. Como a igreja não está na sua forma apropriada, é necessário que aconteça uma Reforma.
RE-FORMA tem sua origem na palavra FORMA que, conforme o dicionário significa: o modelo de uma coisa ou pessoa, suas condições específicas, o caráter de sua aparência. Quando o modelo, a condição ou o caráter da igreja não está de acordo com as Escrituras, apóstolos são necessários para trazerem REFORMA.
Estamos vivendo dias de grandes oportunidades. Oportunidades de reforma profetizadas a muito tempo. Não fique para traz.
"E que não passam de ordenanças da carne, baseadas somente em comidas e bebidas e diversas abluções, impostas até o tempo oportuno de reforma" (Hb 9:10).
Ricardo Wagner, apóstolo
