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Ministério Apostólico

Cobertura Espiritual ou Fundamento Apostólico?(Parte2)
 

A “Cobertura Espiritual” na Bíblia

Depois de muito tentar encontrar na Bíblia um exemplo que avalizasse a “cobertura espiritual” como a conhecemos hoje, nada encontrei. Por incrível que pareça não existe nenhum exemplo bíblico daquilo que chamamos hoje de cobertura espiritual. Existem sim, muitos exemplos de discipulado (Moisés e Josué, Elias e Eliseu, Jesus e os 12 apóstolos, Paulo e Timóteo, entre outros), porém não há exemplos de “cobertura espiritual”. Busquei então em autores que escreveram sobre este assunto para ver se estava equivocado, porém nenhum conseguiu explicar a pratica moderna de “cobertura” através de um exemplo bíblico.

Enquanto no disipulado o discípulo é levado a seguir o modelo de seu mestre (discipulador), a “cobertura espiritual” tem apenas uma conotação de proteção e não segue a essência do discipulado, ou seja, a imitação de um modelo (Fp 3:17).

Historicamente tem se visto que a igreja tem desenvolvido sistemas alternativos para solucionar carências em alguma área da igreja. As organizações para-eclesiásticas tem se desenvolvido exatamente neste mercado. Alternativas tem sido desenvolvidas para tapar a brecha daquilo que tem sido negligenciado pela igreja.

Creio que o modelo de igreja desenvolvido por Deus é completo em si mesmo. Quando se mexe no modelo estabelecido por Deus, como tem acontecido através dos séculos, é necessário desenvolver alternativas paralelas para que o sistema venha a funcionar. Assim são incorporados apêndices na igreja para tornar viável seu funcionamento. Não sou contra as estruturas para-eclesiásticas, pois graças a elas chegamos onde estamos. Porém precisamos caminhar para o modelo de igreja neotestamentária.

A cobertura espiritual se tornou uma destas invenções. Graças a Deus pela “cobertura espiritual”, pois apesar dela ser uma disfunção bíblica, ela veio resolver uma situação causada por outra disfunção bíblica, igrejas e pessoas independentes. Nem uma e nem outra seguem o modelo bíblico.

A Limitação da “Cobertura Espiritual”

Na realidade aquilo que chamamos de cobertura espiritual é uma pequeníssima parte de um verdadeiro discipulado. Jesus não nos chamou para darmos ou termos cobertura, mas para sermos e fazermos discípulos. Analisemos a raiz da palavra cobertura através de um exemplo. Numa guerra um soldado pode pedir a outro que lhe dê “cobertura” enquanto faz uma investida no campo do inimigo. O seu colega que o cobre, na verdade o irá proteger. Mas a pergunta é: o soldado que está sendo protegido está fazendo a coisa certa? Quem garante que esta é a melhor estratégia? Foi decisão dele ou alguém lhe deu ordens para fazer aquilo daquela forma? E ainda mais, se por algum motivo qualquer ele se expor, mesmo que esteja sendo coberto, estará ele protegido e seguro?

Trazendo para dentro da igreja, “cobertura espiritual” não é sinônimo de segurança, pois mesmo que se esteja debaixo de cobertura, pode se estar fazendo a coisa errada de forma errada, ou fazendo a coisa certa de forma errada, ou fazendo a coisa errada de forma certa, pois a cobertura não tem o objetivo de dar direção, mas proteção, pois a própria semântica da palavra traz esta conotação. Isto significa que uma pessoa pode estar sob cobertura espiritual, e ao mesmo tempo pode estar agindo de forma equivocada, perdendo seu tempo, não produzindo resultados e sendo destruída. Como no exemplo do soldado sendo protegido, a cobertura apenas garante uma limitada segurança contra algum inimigo que é viso e percebido pela cobertura, mas não dá garantia de se estar trilhando o caminho correto.

Cobertura ou Fundamento?

Quando a chuva cair, os rios transbordarem e os ventos sobrarem, não adianta termos um bom telhado (cobertura) em uma casa para que ela não caia, mas como a palavra de Deus diz, temos que ter um bom fundamento. A maior proteção que uma pessoa pode ter para que tenha estabilidade, é estar alicerçada sobre um bom fundamento (Mt 7:24-27). O fundamento por si só faz o trabalho de proteção contra as muitas águas, os fortes ventos e as tempestades, circunstâncias estas criadas pelo inimigo para destruir nossas vidas. O fundamento é que traz a segurança e proteção que a maioria dos cristãos espera encontrar em uma “cobertura”. Se quisermos ser vencedores temos que correr desesperadamente atrás de um bom fundamento e não atrás de uma boa cobertura.

Continua...

Ricardo Wagner, apóstolo

 

 

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