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Louvor e Adoração

Adoração Para Conquista (Parte 3)
 

Quando, todavia, procuramos na Bíblia o que é verdadeira adoração, encontramos poucas referências em como ela acontece. A forma de adorar não nos é claramente exposta nas Escrituras, com exceção de alguns textos nos Evangelhos que nos mostram como algumas pessoas adoraram a Jesus. Temos nestas passagens algumas pistas sobre o verdadeiro “espírito da adoração” que recebe resposta imediata do Senhor.

Vejamos os textos:

Dizendo-lhes ele estas coisas, eis que chegou um chefe, e o adorou, dizendo: Minha filha faleceu agora mesmo; mas vem, impõe-lhe a tua mão, e ela viverá... (Jesus) Tomando-a pela mão, disse: Talitá cumi!, que quer dizer: Menina, eu te mando, levanta-te! Imediatamente, a menina se levantou e pôs-se a andar; pois tinha doze anos.” (Mt 9:18, Mc 5:41-42)

Ela, porém, veio e o adorou, dizendo: Senhor, socorre-me!... Então, lhe disse Jesus: Ó mulher, grande é a tua fé! Faça-se contigo como queres. E, desde aquele momento, sua filha ficou sã.” (Mt 15:25,28)

E eis que um leproso, tendo-se aproximado, adorou-o, dizendo: Senhor, se quiseres, podes purificar-me. E Jesus, estendendo a mão, tocou-lhe, dizendo: Quero, fica limpo! E imediatamente ele ficou limpo da sua lepra.” (Mt 8:2)

Além destas três vezes, encontramos apenas mais uma passagem nos Evangelhos que nos mostram como alguém adorou a Jesus verbalmente. A quarta passagem foi quando Jesus acalma o mar e “os que estavam no barco, adoraram-no, dizendo: És verdadeiramente o Filho de Deus (Mt 14:33).

As três passagens acima citadas nos mostram uma adoração diferenciada, pois não é uma expressão de exaltação e muito menos de contemplação, mas de petição e súplica desesperada. Se analisarmos friamente, estas três expressões de adoração não cabem no paradigma de adoração da maioria dos cristãos de nossa época.

Nestas três passagens, além de podermos observar como aquelas pessoas adoraram a Jesus, podemos também ver como a adoração move a mão de Deus. No primeiro caso um chefe da sinagoga, acabara de perder sua filha. Ela havia morrido. Porém, a despeito de tudo, ele vai a Jesus e roga que Ele venha ressuscitá-la. Na segunda passagem uma mulher Cananéia suplica a Jesus para que Ele libertasse sua filha endemoninhada. E no terceiro caso, um homem leproso suplica sua cura. Em todos os casos percebemos que aquelas pessoas:

1.      Estavam desesperados e buscavam ajuda em Jesus, pois sabiam que não havia outra coisa que lhes pudesse ajudar (como de fato não havia, pois, para a morte, para a lepra e para o endemoninhamento não havia solução humana).

2.      Pelas suas súplicas eles demonstraram que reconheciam que Jesus era poderoso para ajudá-los.

3.      Pela atitude de o buscarem reconheceram a grandeza de Jesus (mesmo sem expressar verbalmente).

4.      Pela sinceridade com que se achegaram a Jesus, O constrangeram a ir ao encontro de seus anseios.

Por estes exemplos vemos que adoração não é simplesmente uma expressão de exaltação e reconhecimento da grandeza de Deus. Muito antes adoração é um coração completamente convencido da situação de desgraça que se encontra e que, através deste posicionamento interior, demonstra uma atitude desesperada de ir ao encontro de Jesus reconhecendo que tudo está em suas mãos. Este tipo de adoração tem resposta imediata da parte de Deus.

Através destes três casos podemos também perceber que a verdadeira adoração necessita obrigatoriamente estar envolta numa fé profunda e verdadeira, pois os milagres de Deus só podem ser liberados através da fé. Louvor, sem fé, não configura adoração e conseqüentemente não gera milagres como resposta.

Pessoalmente falando, quando uma pessoa se achega a mim com bajulação, dificilmente me moverei para ajudá-la, pois não necessito de bajulação para me auto-afirmar. Porém quando alguém chega com humildade, com sinceridade, e clamando ajuda, certamente me dobrarei diante daquela situação.

O “espírito de adoração” é a rendição completa diante de Deus. Esta rendição vem do entendimento da situação decaída que o homem se encontra e da confiança que sem Ele nada pode acontecer. O verdadeiro adorador está completamente convencido que “é Ele quem muda o tempo e as estações, remove reis e estabelece reis; ele dá sabedoria aos sábios e entendimento aos inteligentes” (Dn 2:21), Ele “a um abate, a outro exalta” (Sl 75:7), e Ele “derribou do seu trono os poderosos e exaltou os humildes” (Lc 1:52). Quem estiver profundamente convencido da realidade que sem Ele nada podemos fazer (Jo 15:5) está começando a entrar no “espírito da adoração”. Este espírito precedeu todos os avivamentos da história e precederá o grande avivamento dos últimos tempos.

O “espírito da adoração” deve estar presente em toda vida e atividades de um cristão. Deve estar presente na intercessão, na pregação, no testemunho, no trabalho ministerial, na lida diária e, principalmente, no louvor. Este era o espírito que acompanhava Davi. Este é o espírito que deve estar presente na geração de Davi, a geração que Jesus se identifica e que o atrairá em sua segunda vinda.

Ricardo Wagner, apóstolo

 

03/09/2007

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